Encerrada a primeira temporada do pocket show cômico musical, no Galpão Botequim e Arte (que, infelizmente encerrou suas atividades no dia 09/09/2010).
Voltaremos em breve!!!!!!!
Agradecemos todos aqueles que nos prestigiaram, incentivaram, apoiaram, acreditaram, voltaram mais de uma vez, que trouxeram os amigos, que indicaram, que nos preencheram com belas palavras de elogios e fizeram sugestões!
Segue algumas impressões de amigos e companheiros de arte (pessoas que admiro pela competência e pelo constante fazer artístico) que nos prestigiaram e fizeram questão de registrar suas opiniões:
É o que tem pra hoje!
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Jonathan Faria |
Que delícia!!!!! Fui ontem assistir o espetáculo "É o que tem pra hoje" no Bar Galpão e adorei!!! Para mim no caso foi uma viagem no tempo por dois motivos, pelas músicas e pelas pessoas que fazem parte da peça, pessoas que admiro muito!!!Jonatan e Cris vocÊs são um show!!!Jonatan arrasa em sua performance do começo ao fim e Cris está deliciosamente um espetáculo!!! Sim pessoas, virei fã de carteirinha pela qualidade que vi de uma proposta sem grandes expectativas mas que atinge em cheio os nossos corações! Eles fazem de um tema "batido" uma deliciosa e caliente bebida que só os muito corajosos tomam até sua última gota! Um roteiro inteligente, que não apela para palavrões, enão facilita o entendimento, dez!!!Jonatan e Cris, que essa temporada seja a primeira de muitas e no que precisarem contem comigo! Ps: E os músicos são um show a parte, parabéns, meninos!!!
Jefferson Machado
Merda!
Ontem fui arrebatado por um espetáculo “É o que tem pra Hoje” que se utiliza de um tema que também estou pesquisando porem em outra linguagem (As Relações), adorei ver amigos em cena com uma qualidade impar, ri e me emocionei parabéns a todos em especial ao Jonata e a Cris, não é fácil fazer um espetáculo nesse nível com iniciativa própria, só com muito talento (que não lhe faltam) e muita garra.
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Cristiane Credidio |
Mas o que mais me chamou a atenção foi que a menos de um mês tive a oportunidade de ver outro trabalho de pesquisa e aprofundamento teatral, também com iniciativa própria aqui em Taubaté o espetáculo “O subterrâneo do eu não dito” fiquei besta com a proposta e o que vi ecoa em mim até hoje. Parabéns a todo o grupo “Denílson vc é o Cara!”
Ao sair ontem do Galpão Cultural ainda fiquei sabendo de outra iniciativa particular de teatro na cidade, do meu amigo Leo uma pessoa boníssima, parece que se chama “Minha vida de Cabeção” e o projeto tem vários desdobramentos artísticos, parabéns pela iniciativa.
Estas são as pessoas que fazem o “TEATRO DE TAUBATÉ” ou “TEATRO EM TAUBATÉ” RRRSSSSS........
Merda! Muita merda a todos!
Well Souza
É O QUE TEM PRA HOJE!
Caros amigos, antes de correr os olhos por estas linhas, já informo, isto não é uma crítica e sim uma indicação ao trabalho do Teatro Humanóide com a sua nova peça “ È O QUE TEM PRA HOJE”, que trata dos encontros, conseqüências e desencontros amorosos dessa coisinha estranha chamada humana. Este texto não é um grupo de senões sobre a peça, mas dizeres de ser sim sobre o trabalho e escolhas do elenco do Teatro Humanóide: os atores Cristiane Credidio e Jonathan Faria e os músicos Gustavo Lessa e Rafael Vaquely.
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Rafael Vaquelly |
O Teatro Humanóide retomando a sua proposta de encenar dentro de bares, adota como base do seu novo trabalho o tradicional gênero do Cabaré . Para aqueles que não conhecem, o Cabaré foi um gênero dramático muito comum nos bares europeus do final do século 19 e começo do século 20 ( belle epóque), em que atores e músicos encenavam pequenas histórias acontecidas na cidade, se utilizando da música e da canção para conduzir as ações dramáticas. Ao recorrer ao Cabaré, gênero tão pouco conhecido do público contemporâneo, no lugar do “stand-up”, gênero comum para atores, público e bares, o Teatro Humanóide aposta em produzir um novo diálogo, retirando o espectador da sua zona de conforto, sem agressividade, tentando assim causar estranheza e surpresa na percepção de muitos espectadores..
Esse novo diálogo é um ganho tanto para o público, quanto para o teatro feito em Taubaté. Deixo claro que novo não quer dizer original, e sim algo que até o momento não existia em determinado lugar e tempo.
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Gustavo Lessa |
Claro que de nada adianta tentar produzir um novo diálogo se quem se propôs a dialogar não está apto. O que não é o caso da turma de “ È O QUE TEM PRA HOJE” . O cabaré é um gênero muito difícil. Nele o ator tem que encenar para o público, principalmente por meio das canções, de maneira visível, que é ele mesmo brincando de fazer o personagem, enquanto o músico com a sonoplastia o auxilia a compor esse bricabraque. No Cabaré não há interesse da música e da encenação de apagar o ator atrás da persona de Tio Vânia, por exemplo. No Cabaré o bacana é mostrar o ator e o músico brincando de esconde-esconde com a máscara do Tio Vânia! Ora, tanto é assim, que o gênero é uma das bases para Bertold Brecht, importante teórico e autor alemão, desenvolver a sua famosa teoria do distanciamento. Sem falar que os atores tem que saber cantar direitinho.
Por isso, é exemplar o trabalho dos atores Cristiane Credidio e Jonathan Faria e dos músicos Gustavo Lessa e Rafael Vaquely. A cena da mãe penteando a filha é hilária e sensível.
Contudo, para coisa nenhuma serviria acertar a escolha do diálogo e o trabalho dos atores e músicos, se a condução da história fosse bem ruimzinha. O que não é o caso do espetáculo.
Nesses tempos em que tudo já foi inventado, não é o que se conta que tem importância. O que vale é como se conta uma velha história. É como um floricultor nos dias de hoje; ele não precisa inventar uma nova modalidade de flor, basta que ele seja um bom arranjador de buquês, trabalhando com aquilo que existe, para produzir algo realmente significativo.
O Teatro Humanóide é um bom floricultor. A partir da seleção musical de Cristiane Credidio foi possível produzir um belo buquê de flores, um primor de despretensão, em que humor e drama guiam os encontros e desencontros amorosos que acontecem durante o espetáculo. Assim, em certos momentos, música e encenação trabalham a favor do riso, em outras ações, minhas preferidas, enquanto a encenação caricata e humorística busca o riso, a música busca o medo e a compaixão do espectador, para que ele sinta empatia pelas pequenas tragédias comuns dos personagens, que também são nossas. Ou seja, há no teatro de Taubaté, uma boa comédia romântica para se assistir.
Então, para quem quiser ver o que é uma boa comédia romântica no teatro, a pedida é essa. Vá assistir a “ È O QUE TEM PRA HOJE”, do Teatro Humanóide, lá no Galpão Botequim e Arte. Mas corra já que a temporada é curta e o numero de cadeiras limitado.
Leo Mariano, é ator e iluminador.